Polícia Ambiental interdita local de criação e treinamento de galos de rinha na Capital

Policiais da PMA (Polícia Militar Ambiental) de Campo Grande receberam denúncias, versando sobre uma residência onde funcionaria uma rinha de galos no Jardim Tarumã e foram ao local neste sábado (29). Na residência, os policiais verificaram que o local não funcionava como espaço para apostas, comuns em locais de rinhas de galho, porém, havia criação dos animais e treinamento para uso nessas atividades em outros locais.

No momento da chegada dos policiais da PMA, um homem, de 46 anos, identificou-se como proprietário do local e afirmou que só criava os galos, não funcionando rinha. Informou ainda que treinava os galos e os e vendia para pessoas de Corumbá, os quais revendiam os animais para o país vizinho, a Bolívia.

A equipe da PMA verificou no local que os animais eram mantidos em gaiolas de madeira e algumas de ferro extremamente apertadas, com restrição de movimentos, privação de luz solar e circulação aérea inadequada, o que, por si só, caracteriza-se maus-tratos. 72 animais galos domésticos da espécie galo-índio (Gallus gallus domesticus) apresentavam diversos ferimentos na crista e peito, bem como todas as aves apresentavam-se mutiladas, com as esporas cortadas e foram apreendidas. Todas as gaiolas também foram apreendidas.

O infrator, residente no local, foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil na Capital e responderá por crime ambiental de maus-tratos a animais, com pena prevista de três meses a um ano de detenção e por manter animal silvestre em cativeiro, cuja pena prevista é de seis meses a um ano de detenção. A PMA confeccionou auto de infração administrativo e aplicou multa de R$ 36 mil contra o infrator.